O papel do professor como agente da tecnologia do futuro
Frequentemente pensamos sobre o impacto da tecnologia na educação e de que forma o professor pode utilizá-la em sala de aula, porém muito pouco tem se falado sobre o impacto dos professores na tecnologia, e esse é um assunto importantíssimo a se discutir, afinal, os professores, por sua profissão e essência, são formadores de opinião. Não há como ignorar o poder dos professores no que tange a despertar nos estudantes interesses e dons que, por vezes, de outra forma passariam despercebidos. Através deles, alunos podem interessar-se, amar ou até mesmo temer determinados assuntos. Sob essa ótica, qual a importância do professor para a evolução tecnológica no futuro?
O professor, em seu papel influenciador, pode ajudar a modificar a tecnologia do futuro
O professor, por si, não necessita ser um perito em tecnologia. Porém, é essencial que mostre entusiasmo por ela, afinal, enquanto educadores, querem despertar a atenção dos alunos para suas aulas, e não há nada atualmente que atraia mais a atenção de crianças e jovens do que a tecnologia. Já não estamos mais em tempo de ignorar ou evitar o uso dela em sala de aula. Ela está aí, em todos os lugares, o tempo todo. Quantas pessoas não acabam seguindo uma carreira por influência de um determinado professor? Enquanto educadores, os professores exercem grande poder de persuasão em seus alunos e ao demonstrar entusiasmo pela tecnologia, podem inspirar seus alunos a tornarem-se os agentes modificadores da tecnologia do amanhã.
O desafio de usar a tecnologia para alguns professores
Alguns professores temem a tecnologia, têm receio de não saber como utilizá-la. Afinal, os maiores usuários dela são crianças e adolescentes, que em sua maioria aprenderam a utilizá-la por conta própria. Assim sendo, o educador não deve ter medo de fazer uso dela. Ele deve checar o material com antecedência. Se, na pior das hipóteses, acontecer algo errado, como, por exemplo, um Datashow não funcionar, o educador terá uma legião de alunos prontos para ajudá-lo a resolver o problema. Por muitas vezes, enquanto professores, desempenharemos o papel de alunos, e vice-versa, e isso é bom: não queremos alunos pensantes, ativos e participantes? Precisamos demonstrar a eles com sinceridade que temos interesse em modernizar a aula e ampliar nossa gama de atividades.
A tecnologia nos oferece um universo imenso de possibilidades para que as aulas sejam atraentes, interativas, e desenvolvam em nossos alunos o senso crítico.
Para que a tecnologia seja explorada pelo professor, sem que o mesmo sinta-se constrangido ou receoso, o educador pode começar a usá-la através de atividades simples e seguras, para, aos poucos, aventurar-se a explorá-la em todo o seu potencial. Algumas atividades seguras incluem:
- Mostrar um vídeo. Esse vídeo já pode estar salvo no computador, a fim de evitar problemas com conexão;
- Baixar músicas relacionadas à matéria lecionada;
- Mostrar fotos.
Se necessário, o professor pode arrumar um ajudante para auxiliá-lo a preparar a atividade que usará tecnologia. Ele certamente terá muitos voluntários.
Aos poucos, o professor poderá optar por atividades mais complexas:
- Os professores de História, por exemplo, podem pesquisar figuras e sites interativos relacionados a qualquer período histórico;
- Os de Geografia encontrarão no Google Maps uma ferramenta poderosa para auxiliá-los nas aulas;
- Como o inglês é o idioma mais utilizado na internet, seus recursos para professores desse idioma são infindáveis;
E assim, sucessivamente, professores de todas as matérias encontrarão jogos, questionários, artigos, entrevistas, vídeos, filmes e imagens de todo tópico possível. Basta apenas explorar a internet previamente para descobrir os tesouros disponíveis para quem quiser desbravá-la. Tomando essa atitude, estaremos aguçando a curiosidade dos alunos e despertando seu interesse por nossa matéria, bem como pela tecnologia.
Precisamos formar, para o futuro, cidadãos que saibam utilizar a tecnologia a favor da educação, da ciência, da saúde e da sustentabilidade. O quanto você, professor, está disposto a colaborar para fazer essa diferença no futuro?