A importância da participação dos alunos nas decisões da escola
A importância da participação dos alunos nas decisões da escola
O dia-a-dia em uma escola é cheio de desafios, mesmo quando uma boa administração consegue cumprir com o conteúdo pedagógico de maneira eficiente e aproximar a família do ambiente escolar.
Nesse cenário complexo, o aluno, que é um dos principais atores desse meio, acaba sendo considerado apenas um participante que apenas ouve e obedece. Será que é assim que o estudante deve ser visto dentro do ambiente escolar? Será que tratá-lo assim é o ideal para que essa criança ou jovem se transforme em um bom cidadão?
São esses questionamentos que levantam a importância da participação dos alunos no contexto escolar. Afinal, é para eles que a escola é feita, portanto suas demandas e iniciativas não podem ser negligenciadas.
O que diz o MEC
O Ministério da Educação determina nos Parâmetros Curriculares Nacionais que os alunos sejam capazes de: “compreender a cidadania como participação social e política, assim como exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito”. Assim, atingir esse objetivo só é possível se o aluno puder participar efetivamente pelo menos de parte das decisões da escola.
Como garantir a participação dos alunos?
Existem diferentes maneiras de garantir a participação dos alunos, como por exemplo com uma representatividade no conselho ou até com um plebiscito sobre temas gerais e que atinjam a todos. Com isso, além de envolver o estudante na causa educacional, garante-se que ele tenha uma formação como cidadão.
Com esse tipo de atitude os alunos desenvolvem argumentação, aprendem a tirar suas próprias conclusões sobre determinado tema, defendem suas ideais, agregam conceitos e valores, aprendem a agir com calma e educação, quando a divergência de opiniões ocorrer, e a respeitar a opinião de um colega que pensa diferente, ou seja, é uma maneira de preparar o aluno para a vida.
Leia mais: Saiba o que é planejamento participativo na escola!
Preparando a participação dos alunos
Introduzir a participação dos alunos exige uma mudança não tão simples, que precisa de tempo e de dedicação. Além disso, a direção e os docentes precisam estar preparados para incluir a voz do aluno nos problemas escolares. Uma boa maneira de começar a implantar esse tipo de ideia e de participação é explicar conceitos como o de uma assembleia.
Para começar, é importante conversar com os professores e pedir para que um deles leve à sala de aula a ideia do que é uma assembleia e como o resultado dela mudará a vida de cada um deles.
Depois disso, a prática de debates precisa começar a ser colocada em sala de aula. Todos os docentes podem propor discussões: um professor de biologia, por exemplo, pode escolher um tema polêmico sobre os alimentos transgênicos, dividir a sala em grupos dos que apoiam e dos que não apoiam e realizar um debate para que os alunos aprendam a formar uma opinião e argumentar algo.
Também é possível votar de lideranças dentro de cada sala para que elas representem a opinião dos demais e possam participar ativamente da solução de problemas de sala de aula. Esses representantes de turma devem ser “porta-vozes” da turma para levar uma ideia à direção, por exemplo. Depois disso, pode ser realizada uma votação com todos os alunos para eleger a melhor solução. Os estudantes devem, assim, ser incentivados a defender as suas propostas para os demais colegas.
Essas práticas são trabalhosas no início mas, ao mesmo tempo, tornam-se extremamente importantes para que o aluno participe das decisões escolares e aprenda a ser um cidadão, preparando-se para a vida em sociedade.
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