Como criar uma campanha antibullying na sua escola

Como criar uma campanha antibullying na sua escola

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Começar uma campanha antibullying é uma ação necessária para combater as diversas violências que podem se manifestar nas instituições de ensino. A dúvida que pode surgir, entretanto, é sobre as formas de agir: da definição das atividades à busca por apoio das famílias.

Com essas questões em mente, elaboramos esse artigo com passos importantes para estruturar uma campanha antibullying para sua escola, pensando sempre no diálogo com as disciplinas e na integração entre escola e família.

Com a certeza de que esse tema é prioridade na sua gestão, deixamos um presente ao final do artigo: um Kit Antibullying para você colocar todas as dicas em prática. Acompanhe a leitura!

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Por que combater o bullying?

O tema é sério e precisa de atenção! E a Lei Antibullying surge para afirmar a necessidade de combater a todas as formas de violência dentro das escolas.

Desde  2015, a Lei nº 13.185 institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying). Ela prevê que as instituições de ensino têm o dever de promover campanhas de conscientização e desenvolver planos de ações para combater as intimidações no ambiente escolar.

Além disso, o bullying prejudica o aprendizado dos alunos e, segundo pesquisa do American Journal of Psychiatry, traumatiza a pessoa por mais de 40 anos.

Se junto a isso analisarmos as taxas de alunos que já sofreram bullying no Brasil, a situação não melhora e urge por ações assertivas.

Criando uma campanha antibullying:

1 – Leia sobre o tema!

Antes de tudo, para não cair em erros como a famosa frase “Na minha época não tinha isso”, fique por dentro do assunto e compartilhe materiais com sua equipe e com as famílias. Além da lei citada acima, confira alguns artigos importantes:

2 – Convoque uma reunião com a comunidade escolar

A escola não pode trabalhar sozinha no processo de criar e manter uma campanha antibullying. A comunidade escolar precisa atuar em conjunto para garantir o fim das diversas formas de violência. Para isso, convoque uma reunião com todos os membros: equipe gestora, funcionários, professores e responsáveis.

Inicialmente, ideal é realizar uma reunião interna, com toda a equipe da escola, para definir as abordagens e a estrutura da reunião com a comunidade escolar.

Em seguida, com todos os funcionários e responsáveis, apresente a importância de debater o tema. Nesse sentido, é essencial levar um profissional que tenha experiência no debate sobre o que é o bullying e quais são seus impactos na formação das crianças.

Com todos cientes do assunto, prepare-se para o próximo passo.

3 – Defina as frentes de atuação

Nessa hora, é preciso ser estratégico e pensar todas as formas de atuação da sua campanha antibullying. Veja o que é possível fazer dentro da sua realidade, além de pensar como inserir os debates nas aulas e como preparar o espaço físico da escola – seja com sinalizações ou mensagem de apoio.

Alinhar o assunto com os pais colabora para que o debate se estenda à casa – criando um ambiente de acolhimento e diálogo com a escola e com a família.

Algumas sugestões:

  • Debates sobre tipos de violência, respeito às diferenças e impactos do bullying;
  • Treinamento para os professores e funcionários ensinando a compreender situações de bullying e dando dicas sobre como agir;
  • Palestras abertas para as famílias, ensinando como reconhecer mudanças de comportamento de quem sofre ou pratica o bullying;
  • Cinedebates com filme ou episódios de séries que dialoguem com o tema “respeito e diversidade”;
  • Roda de leitura tematizada durante todo o ano letivo;
  • Campanha na agenda digital da escola para lembrar a família do seu papel no combate ao bullying;
  • Colagem de cartazes pela escola, alertando sobre o tema;
  • Criação de uma “caixa de denúncias” de casos de bullying;
  • Desenvolvimento de ações que trabalham a inteligência emocional e a comunicação não-violenta;

Você pode ir além dessas dicas e pensar em mais estratégias!

4 – Defina os responsáveis por cada ação

Não centralize todas as responsabilidades com o gestor. Sendo assim, delegue funções!

Com as atividades definidas, coloque um responsável para cada ação ou para cada grupo de atividades.

Aos poucos, elas entrarão na rotina da escola e organizá-las se tornará menos trabalhoso. A divisão de tarefas é justamente um passo para que uma campanha antibullying não pareça impossível de ser realizada.

5 – Defina o calendário de atividades

Com as atividades e responsáveis definidos, é hora de planejar o passo a passo da execução das atividades. Dessa forma, sente com sua equipe e defina os prazos para organização e realização de cada ação.

Fique atento ao calendário escolar: feriados, semanas de prova e eventos acadêmicos.

Ter um calendário para sua campanha e segui-lo fielmente é essencial para que o projeto não caia no esquecimento.

Para engajar as famílias, compartilhe o calendário na agenda digital e mantenha-os atualizados da realização de cada etapa do processo. Nesse sentido, a agenda digital pode ser aliada novamente: publique fotos e resumos das ações.

6 – Atue em parceria com as famílias

Esse ponto é para reforçar o que foi falado anteriormente: não se combate ao bullying sozinho! E a família é peça-chave nesse processo.

Realize reuniões, palestras explicativas e direcione parte da campanha para engajar a família no processo contínuo de identificação de casos de bullying e combate a todas as formas de violência.

Aproveite o aplicativo de comunicação da escola para enviar lembretes com frequência. Informe-os sobre os impactos da violência, possíveis mudanças de comportamento e dê dicas de como lidar com a situação.

7 – Integre a campanha com as disciplinas

Pense em ações entrelaçadas com os conteúdos. Leve a campanha antibullying para as aulas de matemática, para as produções textuais e artísticas, gincanas e demais atividades.

O bullying é um tema que pode guiar diversas aulas e, nesse sentido, é importante que entre no planejamento de cada professor.

Além disso, essa é uma oportunidade de desenvolver a transdisciplinaridade na sua escola. Da mesma forma como todos as disciplinas dialogam entre si, esse é um debate que deve estar presente em todos os momentos da rotina escolar.

8 – Coloque em prática!

Agora, mão na massa! Reconhecer que o bullying é um problema e que precisa ser enfrentado já é um bom começo, mas isso não acaba com a situação. Nesse sentido, mais que planejar é preciso colocar em prática.

Você já tem mapeada as ações, os responsáveis e um calendário de execução. Além disso, já tem ciência de que a família e os professores terão papel fundamental nesse processo. Agora dê o primeiro passo!

Para te ajudar a mudar a realidade da sua escola e ser, de fato, uma escola que combate ao bullying, preparamos um Kit Antibullying completo e gratuito que contém:

  • um ebook com tudo o que você precisa saber sobre o bullying;
  • cartazes para colar pela escola e deixar o tema sempre à vista;
  • imagens para compartilhar com a família via agenda digital.

Fica mais fácil de começar assim, né?! Agora, dá uma olhada no material e diga pra gente nos comentários como você está estruturando a sua campanha antibullying!

Clique e acesse: Kit Kit Antibullying