Proibição do uso de celulares na escola. Como lidar?
Os avanços tecnológicos e a imersão de aparatos eletrônicos em nossas vidas têm crescido consideravelmente. Com esse aspecto, problemas vêm surgindo em determinados campos, entre eles, o educacional.
Munidos de seus smartphones e tablets, os jovens de hoje em dia parecem viciados em dispositivos móveis. Com isso, vem sendo implementado, desde 2008, em muitos lugares do Brasil e do mundo, leis que proíbem o uso de celulares em sala de aula. Em outros estados, essa ideia continua em discussão.
Como os gestores de escolas devem agir diante dessa lei? Reflita um pouco sobre o assunto a partir do nosso artigo abaixo!
Rendimento escolar
Uma coisa é certa: os jovens parecem não perceber o quanto o uso do celular, durante a aula, lhes é prejudicial. Esse aparelho é capaz de desviar a atenção dos estudantes, facilitar a famosa “cola” e provocar conflitos entre professores e alunos, no que diz respeito à privacidade, por exemplo.
Além disso, geralmente, os adolescentes utilizam os seus smartphones para pesquisar por conteúdos que nada têm a ver com aprender, sendo muitas vezes, inapropriados para o ambiente escolar. Analisando sob esse ponto de vista, não nos resta dúvidas de que a aplicação dessa lei é bastante positiva quanto ao rendimento escolar dos alunos de uma instituição.
Fins pedagógicos
Apesar dos seus aspectos negativos, se utilizado da maneira correta, o celular permite o acesso à informação a qualquer hora e em qualquer lugar. Já que os jovens se sentem tão, visivelmente, estimulados pela tecnologia, é sábio se aproveitar desse interesse para mantê-los focados em uma atividade que possui a proposta de ensiná-los algo.
Com isso, fica a questão: por que não utilizar essa ferramenta para fins educativos? Já tentaram fugir da TV e do vídeo. Não dá para fugir do celular.
Visto que já existem aplicativos voltados para a educação, a alfabetização e o ensino da matemática, essa realmente parece ser uma ideia interessante. A partir do celular, seria possível ensinar e aprender, criando uma relação entre a educação formal e a não formal, uma proposta fundamental para os jovens da atualidade. Também abre uma gama de assuntos e possibilidades, como instruir os alunos sobre o comportamento cibernético e o respeito à privacidade, temas contemporâneos e igualmente essenciais pra a compreensão de qualquer cidadão.
Assunto de esfera privada
Esse é, por fim, um tópico deveras polêmico. Há quem diga que a proibição do celular é uma questão que cabe à gestão de cada escola e que o Estado não deveria se intrometer dessa maneira tão autoritária. Há quem defenda, por outro lado, que esse tipo de medida é essencial para oferecer aos professores uma ferramenta real contra os eletrônicos que tanto atrapalham no rendimento escolar dos jovens.
De qualquer maneira, o gestor de uma escola precisa estar preparado para lidar com essa situação. Se a sua instituição acadêmica, pública ou privada, reside em um estado onde essa lei já foi implantada, só lhe resta acatá-la.
Vale dizer que, apesar de proibir os alunos de utilizarem aparelhos em sala de aula, a lei permite o uso de eletrônicos quando orientado pelo professor — para fins pedagógicos, no caso. Além disso, também está liberada a utilização desses aparelhos nos intervalos e nos horários de recreio.
Se esse não é o caso da sua instituição que, por sua vez, não pertence a um estado onde essa lei foi implantada, cabe a você tomar essa decisão tão importante. Acreditamos que tudo é uma questão de equilíbrio. Instruindo alunos e professores a verem os celulares como um possível aliado, ao invés de um vilão, é possível chegar em resultados satisfatórios e muito produtivos.
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