3 passos para adotar a tecnologia em sala de aula
Atualmente, são raras as escolas que não utilizam a tecnologia em seu cotidiano. Itens como tablet, smartphone e notebook são de uso cada vez mais frequente dos alunos. Além disso, hoje em dia praticamente todas as escolas possuem pelo menos um laboratório de informática.
Mas será que mesmo tendo esses recursos, uma escola pode ser chamada de tecnológica? Será que os recursos existentes são aproveitados plenamente pelos professores e, principalmente, pelos alunos? A tecnologia oferecida tem sido um fator de expansão do conhecimento ou apenas um entretenimento vazio, limitado às redes sociais?
Muitos administradores de escolas e professores ficam, muito justamente, inquietos com tais questões, já que sentem que a tão propagada revolução tecnológica se esfumou no ar, como uma promessa de conto de fadas: prometendo revolucionar a educação, apenas transformou os alunos em jovens apáticos, passivos e altamente narcisistas. Afinal, estamos em tempos de redes sociais, onde tudo na vida precisa ser fotografado e compartilhado com um clique. Mas e o conhecimento, o aprendizado e a postura crítica, aquele desejo de transformar o mundo, onde ficaram?
A verdade é que a boa utilização dos recursos tecnológicos pode realmente impactar, de um modo bastante profundo e efetivo, a realidade dos alunos, permitindo que transformem as informações obtidas na web em real conhecimento, uma bagagem intelectual de grande valor. Mas como obter esses resultados? Abaixo citamos três cuidados que devem ser tomados para a implantação efetiva dos recursos tecnológicos na escola.
1. O professor é um facilitador
Essa é a primeira coisa que deve ser enfatizada quando da aplicação dos recursos tecnológicos em sala. O professor não é mais o detentor do saber existente: ele simplesmente não pode competir com a enorme variedade de informações existentes na web, disponíveis a um clique. O que o professor deve procurar fazer é selecionar as informações mais relevantes, com base na matéria que pretende ensinar, direcionar a pesquisa do aluno, motivar, permitir que eles busquem o conhecimento por si mesmos.
2. Maestria no domínio das ferramentas digitais
O professor deve procurar saber como e quando utilizar cada um dos recursos tecnológicos. Nem sempre aquela aula será melhor explicada com o uso da internet e da pesquisa. Para aulas de produção de texto e literatura, por exemplo, talvez o incentivo à produção de blogs seja mais indicado. Para as aulas de ciência, uma boa opção poderiam ser os vídeos explicativos. O professor deve conhecer as diferenças entre os recursos digitais e utilizá-los todos em seu proveito.
3. Engajamento
Os alunos se sentem mais motivados quando participam do processo de construção do conhecimento. Para engajá-los em um objetivo comum, que é o aprendizado, uma boa saída é conectá-los em redes sociais, criando páginas e estimulando a pesquisa e o debate entre eles, mediados pelo professor. A vantagem desse método é que pode ser estendido e utilizado além dos horários rígidos das aulas, levando os conteúdos para o cotidiano do aluno.
Agindo dessa forma, o aproveitamento dos recursos digitais em sala será muito mais eficaz, prazeroso e estimulante para alunos e professores. Deve-se ter em mente que os alunos atualmente são “nativos digitais”, utilizam os recursos tecnológicos com facilidade e priorizam seus próprios interesses na web. Por isso, é necessária a capacitação do professor, pois sem ele de pouco adiantam os melhores recursos disponíveis. Tecnologia é como qualquer outra ferramenta: deve-se aprender a manejá-la, para que esta seja utilizada com proveito.