O que esperar do futuro da educação do Brasil com o novo presidente eleito
É evidente que a situação da educação em nosso país precisa de soluções que vão além da retórica e discurso inflamado. É preciso repensar como será a escola do futuro, um futuro que começa agora e não pode esperar mais para ser redesenhado e aperfeiçoado. De um lado alunos cada vez mais inseridos em ambientes virtuais e com ideias imperativas quanto ao que acreditam e, do outro, professores que precisam acompanhar essa tendência em todo o mundo.
Uma sala de aula pode ser um campo fértil de formulação de pensamento, ou um campo minado, dependendo das condições que se apresentam e da estrutura que se tem. Um aluno que sai de sua casa muitas vezes perambula pela rua grudado a um celular, com olhos firmes na telinha que exibe as atualizações de status de amigos e as mensagens de aplicativos que o conectam nesse ciberespaço. Não é de se espantar que a inquietação nas cadeiras seja cada vez maior quando um professor dá aulas mais tradicionais, nas quais o aluno simplesmente tenha que levantar o dedo para responder ou tenha que escrever em um caderno de folha de papel, sem a fluidez de um teclado. É claro que ele precisa de contato com as coisas mais elementares da pedagogia, mas quem irá inserir em sua cabeça que é mais interessante uma aula sem as cores que instigam seus olhos nos aplicativos de tamanho apelo e instantaneidade?
Os novos formuladores de políticas educacionais do país precisam ter a habilidade de não só trabalhar a educação, mas também, a sensibilidade de balancear, de um lado, a solidez acadêmica tradicional e, do outro, a vivacidade da interface com a tecnologia. Eles precisarão pensar maneiras de desenvolver nossas crianças para que sejam os futuros cientistas e profissionais capacitados, já que a nova geração será responsável por administrar as grandes empresas nacionais e trabalharão nos setores dos serviços mais importantes do país, como a medicina, a educação e o desenvolvimento de novas tecnologias.
Engana-se, porém, quem pensa que pelo fato de os estudantes estarem cada vez mais em contato com as tecnologias de transferência de conhecimento, a figura do professor será descartável. Mais do que nunca essa quantidade gigantesca de informação que circula pela internet precisará de pessoas capacitadas para filtrá-las e direcioná-las a um propósito criativo e benéfico para os alunos.
É preciso um sólido pacto sobre como a educação pode ser melhorada, levando-se em consideração o universo de cada aluno, professor, escola e comunidade. É preciso conectar os alunos ao mundo e prepará-lo para que seja inserido socialmente e lute por seu espaço. Pais, professores, coordenadores e orientadores pedagógicos, precisarão de ferramentas cada vez mais precisas para esculpir o melhor nos alunos.
É preciso garantir que o processo de aprendizado seja completo, universalizado e moderno, transformando cada aluno em um potencial transformador social e, por que não, futuros líderes que valorizarão o setor de educação como pilar básico da sociedade.