Como gerenciar a previsão de investimentos de uma escola

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Entre os diversos papéis do gestor escolar está a administração operacional. Além das tomadas de decisões referentes à área pedagógica, ao controle de inadimplentes, ao acompanhamento do trabalho desenvolvido em sala de aula, é também preciso saber lidar com as decisões estratégicas da escola. E quando se fala em estratégia, automaticamente toca-se no assunto “investimento”.

O primeiro questionamento é: como, quanto e quando devo investir na minha escola? E o segundo: é melhor esperar o crescimento e depois investir ou devo investir para poder crescer?

A resposta está no meio-termo, e o acompanhamento de todo o trabalho desenvolvido na unidade escolar será a chave para descobrir o melhor caminho. Se as metas e objetivos referentes ao controle de alunos, pagamento de mensalidades e trabalho dos professores, por exemplo, estiverem seguindo dentro do que foi previsto, então é hora de planejar como será o futuro.

Quando investir?

O gestor escolar deve se preparar para superar os desafios do crescimento. Ou seja, atender a novas demandas ou melhorar a capacidade de atendimento, por exemplo. Se na escola, o número de pais interessados em matricular seus filhos for maior do que a quantidade atual de vagas, é preciso começar a calcular o que fazer para absorvê-los no próximo – ou próximos, anos.

É importante entender que os resultados não são imediatos e que toda a aplicação de capital deve ser feita de forma gradual. Não adianta de uma hora para outra construir novas salas de aula para se adequar a essa procura dentro de um mês ou dois, se na prática, muitos alunos não trocam de escola no meio do ano letivo.

Por isso, um roteiro do que é necessário e pretendido para os próximos anos vai ajudar bastante no acompanhamento desse processo. Esse cronograma pode ser revisto de tempos em tempos e readequado de acordo com novos fatores que surgirem ao longo do tempo.

Você pode planejar abrir novas turmas no próximo ano, mas percebe que uma nova escola está começando a atuar no mesmo bairro. Nessa situação, talvez compense abrir menos turmas do que estava previsto e investir em mais ações de marketing.

Geralmente, reformas e mobiliário estão em primeiro plano quando se trata de investimento em escolas. Mas é preciso estudar com afinco quais áreas realmente necessitam de melhorias, além de avaliar como está o mercado e seus concorrentes.

Deve-se levar em consideração ainda quais são as novas práticas, as inovações tecnológicas para o ambiente escolar e os interesses dos pais dos alunos. O que eles esperam da escola? O que a comunidade espera da escola? E os professores? Trabalhar em um lugar em pleno desenvolvimento e que busca atender às necessidades de todos os envolvidos será ainda mais prazeroso.

Entre os estudiosos sobre gestão, um fator é regra: na dúvida, sempre que os benefícios esperados com o investimento forem maiores do que os custos para a implantação das melhorias, decida-se pela aplicação.

Portanto, se achar que novas salas de aula, professores mais capacitados, ações de marketing ou planejar a mudança para um local maior vai tornar a escola ainda mais atraente – principalmente para os alunos, coloque tudo já no papel. Trabalhe em harmonia com o calendário escolar para não atrapalhar o andamento das aulas.

Como devo investir?

Após definir prazos e objetivos do investimento, chega o momento de escolher a fonte desse recurso. As opções são três: a partir do lucro, de financiamento bancário ou investidores externos.

Ao aplicar capital a partir do próprio lucro, o gestor terá a opção de monitorar de forma mais segura todos os passos. Além de poder paralisar a injeção de dinheiro em qualquer situação de risco que não tenha sido planejada.

O financiamento bancário pode favorecer o investimento a longo prazo, mas requer um planejamento maior, principalmente sobre juros e multas. Muitas vezes, a própria financiadora exige a apresentação de um projeto de execução.

Para conquistar um investidor externo, o caminho é um pouco mais difícil, pois depende da necessidade e do interesse que essa fonte de recursos tem no negócio. Esse tipo é mais voltado às startups (negócios em fase inicial e de grande rentabilidade).

Com parâmetros cada vez mais rigorosos que regulamentam tanto escolas privadas quanto públicas, somente as unidades mais bem preparadas conseguem sobreviver. Essas decisões são os fatores que vão fortalecer a estrutura da instituição e fazê-la conquistar um espaço cada vez mais sólido no mercado.

Quais áreas da sua escola mais precisam de investimentos? Conte para gente nos comentários!

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