Como ter o resultado esperado na próxima reforma de férias
Escolas dinâmicas estão sempre construindo ou fazendo uma reforma no período de férias. Além da manutenção, alguns problemas de espaço são detectados durante o ano e precisam ser sanados com os recursos disponíveis, trazendo melhores resultados para a escola.
É aquela fachada apagada e esteticamente nula que quase não mostra para o público que a escola atende também ao público infantil…
É aquela sala de aula sem iluminação e ventilação adequadas, causando desconforto e baixa produtividade.
É aquela escola de boa estrutura, mas com visual antiquado que não comunica muito bem com o público a que serve. E por aí vai…
Tirar um tempo para pensar no assunto e avaliar o espaço da escola com antecedência, pode evitar que no período das reformas não se gaste energia e dinheiro em alterações que não corrijam os problemas.
Veja como planejar uma reforma na sua escola!
Avaliar as prioridades para uma reforma
Para chegar ao que deve ser reformado prioritariamente, o gestor deve estabelecer um diálogo com a clientela – pais e alunos e com sua equipe de trabalho. Às vezes, o gestor já tem noção de onde começar, mas ao fazer perguntas pode se surpreender com as respostas.
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As perguntas precisam ser elaboradas também de uma forma onde possa se extrair uma estatística, com clareza para definir prioridades.
Importante é priorizar, também, itens que estejam gerando problemas quanto a segurança física dos alunos. Afinal, a escola poderá ser responsabilizada no caso de acidentes gerados pela impropriedade e periculosidade dos espaços físicos.
Listar por ordem de prioridade, os itens a serem abordados na reforma.
Veja o exemplo:
- O acesso dos alunos não tem proteção para dias de chuva. A acessibilidade para cadeirantes é inexistente. O visual deste espaço não convida os alunos a entrar.
- As torneiras das pias dos banheiros infantis estão estragadas, velhas e desperdiçando água…
Com a visão global de tudo que precisa ser corrigido fica fácil saber se o item demanda uma ação de manutenção ou é algo que precisa de um planejamento mais detalhado com o arquiteto.
No caso de serviços como o item 2, por exemplo, é apenas definir o modelo da torneira e passar para o pessoal das compras fazerem as cotações, adquirir e contratar o serviço do encanador que listará todos os acessórios necessários para retirar as torneiras antigas, colocando as novas.
No caso de serviços como o item 1, muitas perguntas vão surgir:
- Será que a cobertura a ser colocada poderá infringir alguma norma da prefeitura?
- Como será a sua forma, o visual?
- Que material será mais apropriado?
- A que altura deverá ser instalada? Onde se apoiará?
- Como deve ser o caminho da rampa para o cadeirante?
- Que material seria melhor para a rampa?
Quem pode lhe dar a segurança de respostas adequadas e que não apenas resolvam o problema da chuva e do acesso, mas vá além, dando um resultado bonito de se ver?
É preciso, neste momento, contar com a participação profissional de um(a) arquiteto(a).
A visão que ele(a) tem, já treinada para resolver os espaços, pode lhe proporcionar uma solução que responda todas as perguntas acima.
Delegar para quem entende do assunto!
Se rodear das pessoas certas pode ampliar sua capacidade de encontrar boas soluções. Algumas escolas, às vezes, vão direto às construtoras ou a quem vai executar o serviço sem um projeto em mãos. Este é um caminho, que – mesmo com transtornos – pode até dar certo, porém o melhor é contratar o(a) arquiteto(a) que faça todo o projeto, com antecedência, atendendo ao conceito do local, a funcionalidade ao bem-estar, a viabilidade econômica. Ele(a) traça todos os detalhes apresenta e discute com a direção, coloca todas as etapas e mostra estimativas de custo. A direção, com o projeto em mãos, convida os construtores ou engenheiros para os devidos orçamentos de execução.
Escolher para o projeto um(a) arquiteto(a) que tenha experiência em projeto de escolas, será duplamente mais satisfatório e trará mais agilidade ao processo.
Com o projeto em mãos, o gestor, terá um documento que padronize as propostas de orçamentos, tornando justa as cotações.
Terá também ao final da obra, o parâmetro a ser cobrado dos executores. Se algo deixar de ser feito, pode ser verificado no projeto e apontado, sem gerar discussões e dúvidas. O projeto deve ser anexado ao contrato, assinado por ambas as partes.
Aliás este é um ponto importante: Faça contratos com os fornecedores. Nada de combinação verbal.
Isto vale para as pequenas e grandes reformas. No contrato, determine as suas responsabilidades e as do contratado.
No aspecto trabalhista, procure garantir sua escola. Contrate empresas que se responsabiliza pelo funcionário que vai trabalhar e que forneçam os equipamentos de proteção. Você também é responsável pelo bom ambiente de trabalho.
Levantamento de gastos com antecedência
Esta é outra ação que o gestor precisa encarar se quiser ter sucesso na reforma. Com o projeto definido e trabalhando em conjunto com o departamento financeiro saberá:
- Se o caixa disponível será suficiente;
- Se terá que fazer algum empréstimo;
- Se terá que alterar o projeto para outra solução;
- Se deverá ir por etapas ou ainda;
- Se deve procura um investidor.
Ter que dispor de muitos recursos em pouco tempo pode assolar seu capital, portanto, não tenha receio de saber antes quanto vai custar.
Normalmente a figura do(a) arquiteto(a) pode ajudá-lo a programar as etapas ou redimensionar o projeto. O valor do investimento da assessoria do arquiteto(a), experiente em arquitetura educacional, pode lhe sair mais barato que entrar na reforma com a cara e a coragem.
Agora, se tudo isso tiver que acontecer quinze dias antes da reforma, é provável que os benefícios se percam ou fiquem estrangulados. Portanto, o quanto antes, inicie o planejamento.
Quer outras dicas para ajudá-lo a aprofundar no assunto?
Está na dúvida se deve realmente reformar ou até construir do zero?
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Arquiteta Arlete Falcão Ribeiro – mais de 20 anos de experiência em projetos arquitetônicos residenciais, corporativos e educacionais (escolas e faculdades). Acesse o site