Devo tratar minha escola como empresa? Veja porque não é bem assim

Quando o gestor trata a escola como empresa – visando apenas lucro – e se esquece da parte pedagógica, isso influencia na qualidade do ensino, o desempenho dos alunos diminui e os pais acabam procurando outra escola. Este pode se transformar em um problema de gestão e tanto a ser administrado.

Imagine só esses cenários: a Escola 1 deixou de equipar o seu laboratório de informática para economizar e priva as turmas das aulas; a Escola 2 não contrata bons professores por causa do alto custo e a Escola 3 tem salas de aulas com número de alunos em excesso. Imaginou? E, nesses três casos, como você acha que será o rendimento dos estudantes? Acertou se você supõe que será ruim.

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Nos panoramas apresentados, a situação é clara: falta equilíbrio entre administrativo e pedagógico. Deixar de investir em melhorias é uma grande erro das escolas. Para oferecer um ensino de qualidade visando o crescimento do aluno, é necessário que a gestão da escola seja eficiente; ter uma escola organizada impacta diretamente em sua estrutura pedagógica.

Pais temem queda na qualidade de ensino

Ao tratar a escola como empresa, em todas essas situações citadas, os pais acabam lendo o panorama como uma queda na qualidade do ensino. E, preocupados com o que está sendo oferecido para os seus filhos, quando percebem falhas na parte pedagógica da escola, tomam uma atitude que às vezes pode ser radical como tirar os filhos da escola. Sem dúvidas, a pouca atenção ao aspecto pedagógico irá se refletir negativamente em muitos pontos.

Tão importante quando investir em uma educação de qualidade é mostrar essa aplicação aos pais. Uma das formas de entregar esse valor é por meio da transparência com os conteúdos e atividades oferecidos em sala de aulas. Utilizar ferramentas como agenda digital aproxima os pais da realidade da escola, pois eles conseguem acompanhar o desempenho do aluno diariamente e ter um contato direto com escola.

Com pais insatisfeitos com o lado pedagógico, a boa e velha propaganda boca a boca terá um caráter negativo. Conseguir novos alunos será, então, uma tarefa difícil para essa escola. E, uma coisa leva a outra: quanto menos estudantes, menor serão os lucros e a capacidade de novos investimentos, por isso, é importante inverter esse jogo: investir em uma gestão de qualidade é também investir no pedagógico.

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Administração é importante

Não estamos dizendo, com tudo isso, que a gestão deve ficar de lado. Muito pelo contrário! É de extrema importância que a escola se preocupe com ela.

Muitas vezes, novas contratações, melhoras na estrutura física da escola, compras de tecnologias voltadas para o desenvolvimento pedagógico deixam de acontecer por falta de controle financeiro. Organizar e mapear o dinheiro que entra e sai da escola é essencial para entender quais gastos são desnecessários e investir no que é realmente necessário. Por isso, os gestores devem estar atentos às formas eficazes de realizar esse controle.

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É muito importante lembrar que os promotores da boa ou da má imagem de uma instituição escolar são sempre os seus beneficiários (clientes internos ou externos) – pais, alunos, professores, funcionários em geral e toda a comunidade. É fato que ficará mais fácil alcançar o lucro se eles estão satisfeitos. Boa educação e ganhos financeiros podem caminhar juntos sem, necessariamente, tratar sua escola como empresa.

Equilibre-se!

O que o gestor deve ter em mente é que a educação está longe de ser uma área inerte. A  escola também é uma empresa e como tal, precisa organizar seus recursos, gerenciar seu grupo técnico (professores), seu grupo administrativo e atender bem aos seus clientes (alunos e pais), fornecendo serviços especializados e mostrando resultados positivos e concretos. Diante disso, o equilíbrio é essencial.

Deve ficar muito claro para os responsáveis por uma escola que a parte administrativa é  o suporte necessário para que se chegue ao objetivo principal de uma instituição de ensino: o pedagógico.

Sua escola consegue manter equilíbrio entre o administrativo e o pedagógico? Que frutos estão colhendo? Divida suas experiências com a gente!