Design Thinking: veja por que sua escola precisa conhecer essa abordagem
Você já ouviu falar em “design thinking”? Sabe do que se trata essa abordagem? Se você nunca ouviu falar no assunto, saiba que já é hora de conhecer essa tendência.
O design thinking, um método para pensar em soluções criativas, já tem sido aplicado com sucesso em diversos casos e em diferentes tipos de instituições, mas ainda não é tão conhecido no contexto educacional. Entretanto, essa estratégia pode se adequar perfeitamente às escolas e cursos, ajudando-os muito. Acompanhe o artigo e entenda como!
O que é design thinking
Design thinking é uma abordagem para solucionar problemas, desenvolver ideias inovadoras e estimular a criatividade. Apesar do termo não possuir uma tradução precisa para o português, significa algo como “design como uma forma de pensar”.
Vale lembrar que, nesse caso, a ideia de “design” vai muito além das questões estéticas, pois compreende todo o trabalho de planejar soluções eficientes para a vida das pessoas. Desse modo, o ponto principal do design thinking é uma abordagem mais humana, focada em pessoas, ideias e seus impactos positivos, não apenas em dados, estatísticas ou problemas gerenciais.
Apesar da origem relacionada ao design, o chamado “design thinking” pode ser aplicado em qualquer lugar em que seja preciso inovar e elaborar soluções criativas, devido ao seu grande potencial de instigar indivíduos para a resolução de problemas. Afinal, em qualquer tipo de empreendimento é preciso elaborar planos e pensar em estratégias. E, em geral, quanto mais criativas e inovadoras elas forem, melhor.
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Como funciona a abordagem?
A metodologia do design thinking é dividida em algumas etapas, que em geral são abordadas em dinâmicas de grupo. Para o desenvolvimento de cada etapa, podem ser utilizadas algumas ferramentas, ou estratégias específicas, que servem para facilitar a visualização e a organização de ideias, que convergem ou divergem em diferentes momentos.
Entretanto, não há uma regra específica do que deve ser feito no processo de design thinking. Na verdade, o mais importante é utilizar a maneira mais prática e intuitiva de organizar ideias durante cada etapa, dependendo das especificidades de cada caso. Veja quais são as principais “fases” da abordagem do design thinking!
Imersão
O início do processo é a aproximação com a questão que se pretende trabalhar. Nesse momento, todos devem colocar o que sabem sobre os desejos e necessidades das pessoas envolvidas no problema (que podem ser gestores, funcionários, clientes ou, no caso de escolas, alunos e responsáveis, por exemplo). Além disso, se for possível, é interessante nessa etapa observar as pessoas e seus comportamentos.
Esse é um momento de divergência de ideias, já que devem ser analisados os diferentes lados de uma situação, para que seja possível se desapegar de convicções prévias e começar a elaborar as soluções criativas.
Análise
Após o momento de observação e discussão da questão que estiver sendo trabalhada, chega o momento de reunir os dados e os pontos de vista para elaborar uma síntese sobre o que foi percebido.
Essa é, portanto, uma convergência de ideias. As informações encontradas na etapa anterior devem, então, ser organizadas de alguma maneira, por padrões ou afinidades, por exemplo. É também nesse momento que o problema trabalhado deve ser bem delimitado, para que as soluções possam ser pensadas de maneira adequada posteriormente.
Ideação
Esse é o momento do chamado “brainstorming”, ou seja, é o momento de criar e discutir novas ideias para a questão analisada. Nessa hora, deve-se dar espaço à criatividade e às ideias inovadoras. Fora isso, no caso de dinâmicas em grupo, também é fundamental o trabalho em equipe, afinal, ideias completamente novas podem surgir da interação dos participantes. Por isso, lembre-se: durante o “brainstorming”, você não deve julgar as ideias dos outros, pelo contrário, deve encorajá-las.
Entretanto, é preciso ter sempre em mente o tema que está sendo discutido, para que as ideias apresentadas não fiquem muito vagas. Também é preciso pensar sempre na viabilidade e na eficiência do que está sendo proposto. Para ajudar nisso, as informações sintetizadas na etapa de análise devem ajudar, servindo como guias para a ideação.
Prototipagem e testes
As fases finais de um processo de design thinking têm como objetivo validar as ideias levantadas nas etapas anteriores. Para isso, nessa fase deve-se criar um “protótipo”, algo que de alguma maneira representa o que foi pensado e amadurecida durante todo o processo. O protótipo serve, portanto, como uma síntese das ideias apresentadas, sendo, então, uma possível solução para o problema abordado desde o início.
A partir da elaboração do protótipo, deve-se propor perguntas do tipo “como as pessoas vão reagir a isso?”, ou “isso vai funcionar?” e até mesmo fazer testes com o modelo, o que gera o surgimento de ainda mais ideias e aperfeiçoamentos para o caso! Esse é, então, um momento de nova divergência de ideias, para que se possa, finalmente, tentar chegar a uma solução.
Como sua escola pode aplicar esse método?
O conceito de design thinking tem sido, nos últimos tempos, bastante difundido no ambiente corporativo. Entretanto, esse modelo para criação de soluções inovadoras pode ser executado por qualquer tipo de instituição, o que inclui escolas e cursos.
Em instituições de ensino, o design thinking pode ser útil em diversos níveis, servindo tanto para o auxílio na tomada de decisões gerenciais quanto para o próprio ensino, já que serve, também, como interessante prática a ser usada nas aulas. Saiba mais!
Clique e acesse o podcast: “Como criar uma escola inovadora?”
Design thinking na gestão escolar
No nível da gestão escolar, o design thinking pode ajudar uma instituição de ensino da mesma maneira que auxilia grandes empresas, por exemplo. Quando uma escola ou curso se depara com os desafios típicos de instituições de ensino, tais como captação de alunos, inadimplência ou comunicação escolar, o design thinking pode se mostrar uma ferramenta útil para buscar as soluções necessárias.
O design thinking é especialmente interessante para escolas e cursos à medida em que valoriza os fatores humanos para chegar a uma boa solução que também atenda às necessidades de mercado, conciliando os diferentes interesses que estão envolvidos na gestão escolar.
Isso é essencial no contexto das escolas, que tem como objetivo maior a formação de cidadãos, e, portanto, tem seu foco voltado para os indivíduos. Desse modo, é interessante que os gestores escolares se informem e se qualifiquem para pôr em prática o design thinking. Nesses casos, até mesmo a participação em um workshop pode ser interessante para pensar uma solução para algum problema específico.
Design thinking na sala de aula
Sim, os conceitos do design thinking também podem ser aplicados às salas de aula! No âmbito pedagógico, o processo de descoberta, análise, ideação e resolução de questões também pode ser usado para estimular os alunos na construção do conhecimento.
Em uma aula pensada com base no design thinking, pode-se apresentar uma questão relacionada ao conteúdo da disciplina e então seguir as etapas já explicadas, o que estimula uma participação mais ativa dos alunos na aprendizagem e desenvolve habilidades como a empatia, o trabalho em equipe e a organização de ideias.
Por essas razões, o design thinking auxilia não só na construção do conhecimento como também no desenvolvimento das habilidades socioemocionais, que estão previstas na base nacional comum curricular. Desse modo, a capacitação para o design thinking pode passar a ser um objetivo tanto de gestores quanto de professores, que podem se beneficiar – e muito – com essa técnica.
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