Ensino híbrido, o que é e como implementá-lo na sua instituição?
Não é novidade que as tecnologias e metodologias de ensino passam por transformações constantes para atender a sociedade. Contudo, a presença tecnológica na educação tornou-se ainda mais necessária ao longo dos anos. A pandemia, em 2020, fez com que as instituições de ensino se adaptassem para dar conta de um novo cenário, com as aulas remotas.
E justamente por conta dessa necessidade de adaptação, viemos falar sobre uma metodologia que ganhou espaço nos últimos tempos: o ensino híbrido. Neste artigo, explicaremos os conceitos sobre o tema e de que maneira sua escola ou curso poderá implementá-lo no dia a dia. Quer saber mais? Confere com a gente!
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O que é Ensino Híbrido?
O ensino híbrido, também chamado de blended learning ou b-learning, é uma metodologia de ensino que permite estudantes utilizarem a tecnologia ao mesmo passo que aprendem os conteúdos propostos pela escola ou curso, integrando o ensino online ao presencial. Essa metodologia surgiu para inovar os processos de ensino-aprendizagem e garantir maior protagonismo aos alunos durante as aulas.
Apesar de algumas diferenças entre a educação presencial em face da remota, por se tratarem de espaços físicos diferentes, o objetivo dessa metodologia é fazer com que essas modalidades se complementem. Enquanto o ensino presencial propõe aspectos como socialização e trabalho em equipe, os meios digitais proporcionam autonomia ao fazer com que o aluno seja o ator principal do próprio aprendizado, além de poder escolher onde, quando e com quem irá estudar.
Essa metodologia não se resume apenas ao ato de colocar computadores e outras tecnologias perante os alunos. É de extrema importância que os alunos sejam supervisionados constantemente pelo educador e que algumas técnicas – como veremos mais à frente – sejam aplicadas.
Conheça alguns dos modelos de ensino híbrido:
Flex
No modelo flex, os estudantes alternam as modalidades de aprendizado de forma fluida e personalizada, tendo o ensino online como base principal. Aqui, cada aluno aprende no próprio ritmo e o professor mantém-se disponível para tirar dúvidas. Por ser um modelo disruptivo, que propõe uma organização incomum, ele é pouco conhecido no Brasil.
À la carte
No “à la carte”, o aluno estuda em um ou mais cursos online, além dos tradicionais na escola em formato presencial. Nessa modalidade, o aluno escolhe o que deseja cursar de acordo com sua própria conveniência e rotina.
Rotação individual
Como o próprio nome sugere, nesse modelo o aluno rotaciona individualmente entre diversas estações de ensino. O ideal, nesse caso, é que cada estação trabalhe o mesmo conteúdo utilizando recursos diferentes – como livros, vídeos, músicas e brincadeiras. Dessa maneira, o aluno poderá aprender o conteúdo proposto de diversas formas para fixá-lo de diferentes modos.
Virtual enriquecido
Esse modelo divide o aprendizado entre componentes online e offline. Apesar de o tempo de interação entre aluno e professor ser necessário, no modelo virtual enriquecido, o aluno não tem a obrigatoriedade de estar na instituição fisicamente todos os dias.
Rotação por estação
Na rotação por estação, os alunos são organizados em grupos que realizam tarefas de acordo com a proposta do professor para cada um deles – geralmente, na sala de aula física. Os grupos podem ser envolvidos com atividades online que, de certo modo, não demandam tanto acompanhamento do educador.
Laboratório rotacional
No laboratório rotacional, os alunos utilizam, além da sala de aula, os laboratórios com bastante frequência. O método busca aumentar a eficiência operacional e facilitar o aprendizado individual, apesar de não substituir as lições tradicionais aplicadas em sala de aula.
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Sala de aula invertida
Em resumo, a sala de aula invertida é um modelo que consiste em inverter o uso da sala de aula tradicional. Com esse formato, o aluno utiliza a internet para aprender os conteúdos teóricos e vai à escola para exercitar de forma prática e debater o que aprendeu. Confira um artigo especial que vai te ajudar a entender melhor esta abordagem!
E para um melhor aproveitamento dos conteúdos online, uma plataforma EAD pode ser um diferencial. Por isso, a WPensar desenvolveu uma integração cheia de benefícios para o ensino híbrido com o Google Classroom.
Quais são as vantagens dessa metodologia?
Independentemente do modelo que melhor se adequa à instituição, a metodologia permite que os alunos exerçam suas habilidades pessoais dentro e fora de sala. Além disso, os estudantes também podem desenvolver autonomia, aproveitar melhor os conteúdos e revisitá-los quando necessário e aprender com novos formatos adaptados para as rotinas deles.
E a escola também se beneficia! Além de fazer com que o tempo dos professores seja melhor aproveitado, também é possível reduzir os custos de forma considerável (como água e energia). Isso, porque os alunos não demandam estar fisicamente na escola todos os dias da semana.
Dentre outras vantagens, também podemos destacar:
- Maior integração entre os envolvidos por meio da troca de experiências;
- Possibilidade de desenvolvimento de dinâmicas coletivas com as turmas;
- Mais humanização na relação entre professor-escola-estudante;
- Auxílio na redução do índice de evasão escolar;
- Planejamento personalizado e acompanhamento individualizado;
- Aproxima a escola do cotidiano do aluno em casa.
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Como implementar na sua instituição de ensino:
A implementação deste formato demanda planejamento e é preciso pensar em alguns fatores como:
- Infraestrutura escolar;
- Quantidade de alunos que possuem acesso à internet em casa;
- Formação continuada para os educadores, ensinando-os a lidar com as plataformas digitais;
- Adaptação curricular, por se tratar de um método inovador;
- Os tipos de avaliação que serão aplicados no formato híbrido.
Para que o ensino híbrido funcione é necessário preparar os professores para a transição, pois as mudanças podem causar certo estranhamento e resistência por parte dos educadores pouco habituados com tecnologia. Verifique, também, quais alunos estão interessados neste tipo de interação e quais demandam maior atenção, levando em conta a realidade do perfil de alunos da instituição.
É preciso ter uma concepção clara sobre todos os fatores apresentados acima e levar em consideração que as avaliações são parte do processo para que a personalização do aprendizado funcione.
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Sua escola está preparada?
Você já sabe: a tecnologia está cada vez mais presente nas salas de aula e o ensino híbrido chegou para potencializar essa realidade. Nesse sentido, a escola precisa estar pronta para usá-la como aliadas do processo educacional.
Com o ensino híbrido, a escola poderá se aproximar ainda mais desta geração de estudantes que já nasceu conectada e integrada à outras culturas. Além disso, a tecnologia na educação também é capaz de despertar interesses para as profissões do futuro! Não é o máximo?
E você? O que acha do ensino híbrido? Acredita que sua escola esteja pronta para esta metodologia? Conte para a gente e compartilhe o artigo com um educador!