Entenda o que é cultura maker e sua importância na Educação Infantil
Com a modernidade, muito se tem falado sobre a cultura maker e seus benefícios para o desenvolvimento do aluno, sobretudo na Educação Infantil. Afinal, por meio desta abordagem que virou tendência ao redor do mundo, é possível incentivar os estudantes a construir projetos por conta própria. Isso estimula a autonomia, o protagonismo e a colaboração entre os colegas.
É fato que, cada vez mais, a sociedade tem sofrido profundas transformações na sua estrutura, impulsionadas, principalmente, pelos constantes avanços tecnológicos. Os desafios do século XXI são diversos, exigindo uma Educação Básica que priorize, além dos conhecimentos cognitivos, o desenvolvimento de competências socioemocionais nos alunos.
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Nesse contexto, que tal entender melhor o que é a cultura maker e sua importância na Educação Infantil? Neste artigo, você vai conhecer seus benefícios e compreender de que modo essas habilidades são fundamentais para proporcionar a educação integral dos estudantes e atender às diretrizes da BNCC.
Continue a leitura!
O que é cultura maker?
Abordagem originada nos anos 60, cultura maker vem do conceito de “do it yourself” (“faça você mesmo”, em tradução livre para o português). Maker vem do verbo inglês “to make”, que significa “fazer”, “realizar”. Portanto, no ambiente escolar, essa cultura estimula que os alunos desenvolvam projetos de forma prática, colocando “as mãos na massa”.
É importante ressaltar que, embora dê a impressão de estar muito mais relacionado às atividades analógicas, o conceito de cultura maker pode e deve envolver o uso de novas tecnologias, se adequando às diversas formas de ensino, como o ensino híbrido, por exemplo.
Para as escolas que desejam utilizar essa metodologia no dia a dia, acompanhar as tendências tecnológicas e investir na capacitação de professores é fundamental para formar estudantes cada vez mais preparados para enfrentar os desafios da atualidade.
Isso, porque a cultura maker é uma metodologia ativa baseada em um ambiente colaborativo, no qual os alunos se tornam mais protagonistas de seu aprendizado, desenvolvendo competências e habilidades fundamentais para a vida. Entre os objetivos dessa abordagem está proporcionar que os alunos coloquem em prática alguns dos conhecimentos adquiridos durante as aulas.
Por meio dela, os alunos são expostos a ferramentas e caminhos, para encontrarem as soluções adequadas a problemas comuns. É, portanto, uma estratégia que aumenta o engajamento dos alunos e promove a interdisciplinaridade de forma prática, explorando o raciocínio lógico e crítico dos estudantes.
Quais os benefícios da cultura maker para a Educação Infantil?
1 – A criatividade
Através da cultura maker, o professor pode desenvolver atividades baseadas em uma situação-problema. Assim, a solução pode ser encontrada por meios de atividade lúdicas, como a pintura, desenho, construção de objetos com Lego ou materiais recicláveis, por exemplo.
O importante é escolher uma atividade que possa estimular o aluno a buscar uma saída criativa para o problema proposto.
Quando estimulada desde Educação Infantil, a criatividade facilita o desenvolvimento dos alunos em adultos mais capazes de enfrentar os desafios da vida e do mercado de trabalho.
2 – O protagonismo e a autonomia
Por se tratar de uma metodologia ativa, a cultura maker transforma o aluno no principal responsável por resolver os desafios propostos, buscando caminhos mais assertivos para obter os resultados esperados pela atividade.
3 – A consciência com a sustentabilidade e o meio ambiente
Como já citado, o professor pode desenvolver atividades maker em sala de aula, que estejam relacionadas ao uso de materiais recicláveis, por exemplo. Dessa forma, temas como “meio ambiente e sustentabilidade” são estimulados na prática.
Aqui, o professor pode sugerir uma atividade mais lúdica, ou estimular soluções envolvendo o uso da tecnologia, por meio de pesquisas, que podem ser realizadas em casa pelos pequenos, com a ajuda dos pais ou responsáveis.
4 – A colaboração entre os colegas
Nas atividades propostas com base na cultura maker, os alunos aprimoram habilidades socioemocionais, como liderança, empatia, resiliência, criatividade e inteligência emocional, que são fundamentais para facilitar a comunicação entre os pares e a interação em sala de aula.
Como aplicar a cultura maker na escola?
O melhor de investir na cultura maker na sua instituição é que as atividades não são complexas e podem ser facilmente colocadas em prática. Diferentemente do que se pode pensar, não é necessário ser um expert para tornar o ambiente da sua escola em um espaço maker.
Conheça, abaixo, algumas formas de aplicá-la no dia a dia escolar!
Cultura maker no dia a dia
Para que as atividades baseadas na cultura maker sejam bem sucedidas em sala de aula, seja ela presencial ou virtual, o professor precisa agir como mediador, fornecendo à turma um bom direcionamento da atividade, além dos materiais necessários para sua execução.
Com o advento da tecnologia e o ensino sendo cada vez mais desenvolvido em ambientes remotos ou híbridos, é importante que o professor leve em consideração atividades envolvendo ou não a tecnologia em sua execução.
Atividades com a tecnologia
1 – Laboratório de robótica
Exigindo um pouco mais de estrutura da escola e conhecimento do professor, com as aulas de robótica os alunos podem criar uma variedade de recursos robotizados, por exemplo, para solucionar um problema proposto em sala de aula.
2 – Aulas de informática
Com essas aulas, o professor pode sugerir a utilização de softwares de desenho e pintura, sites e etc, guiando os alunos em pesquisas e projetos.
3 – Construção de objetos com Impressora 3D
Impressoras 3D possuem diversos formatos que podem ser incorporados à sala de aula, como a caneta impressora, que é compacta e simples de ser utilizada pelos pequenos. Além de ser uma forma de estimular que os alunos criem uma variedade de objetos que não precisam ser comprados, a caneta impressora 3D leva os alunos da Educação Infantil a exercitar sua coordenação motora fina, fazendo movimento de pinça com os dedos.
Atividades sem a tecnologia
1 – Criação de jogos
Desenvolver e criar jogos e brincadeiras com os alunos é uma forma descontraída de proporcionar momentos pedagógicos ricos, além de desafiar, motivar e engajar a todos. Nessa proposta, o céu é limite para a criatividade.
Para a produção dos jogos, o professor pode sugerir, além de materiais recicláveis, pedaços de madeira e gravetos, tecidos, garrafas, tampinhas, e etc.
2 – Construção de brinquedos
O professor pode sugerir a construção de brinquedos com sucata, estimulando a criatividade dos pequenos. Dependendo da faixa etária da turma, as atividades podem ser realizadas em colaboração com a família.
Além disso, essas ações podem ser realizadas em equipe ou de forma individual.
3 – Hortinha comunitária
Se a sua escola possui uma área verde e um espaço para a construção de uma horta, essa é uma atividade que, com certeza, vai trazer muito engajamento para suas aulas. Além de estimular o cuidado dos alunos com a terra, essa iniciativa contribui para a formação de cidadãos mais conscientes e responsáveis com relação ao meio ambiente e ao planeta.
Cultura maker na Educação Infantil e a BNCC?
Estimular a ludicidade e o “faça você mesmo” é fundamental para o desenvolvimento da criança. Afinal, como já vimos, ao brincar, criar e explorar soluções para problemas de forma prática, os pequenos desenvolvem sua autonomia e se tornam, cada vez, protagonistas de seu aprendizado.
Por meio das brincadeiras e jogos, a criança não só aprende conceitos, como também aprende a lidar com suas emoções. Isso contribui diretamente para sua formação integral e para a garantia dos direitos de aprendizagem previstos pela base.
Além de práticas pedagógicas alinhadas às demandas tecnológicas, o documento também exige a inserção das competências socioemocionais nos currículos escolares, contribuindo para o desenvolvimento social do país, por meio da formação de indivíduos mais conscientes, empáticos e responsáveis com o seu papel na sociedade.
Na Educação Infantil, a BNCC dá ênfase aos direitos de aprendizagem e desenvolvimento da criança (conviver; brincar; participar; explorar; expressar e conhecer-se), baseados nos eixos estruturantes de interações e brincadeiras.
E, para garantir isso, a escola precisa fazer as adaptações necessárias, para que o desenvolvimento das habilidades cognitivas e socioemocionais sejam compatíveis com o segmento em questão. Isso deve ocorrer com a adequação do currículo, aplicação de atividades, revisão dos materiais didáticos e formação de professores.
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