A lógica dos games como inspiração para o currículo acadêmico

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Se você não pode vencer o inimigo, junte-se a ele. Em vez de achar que os games tiram a atenção dos estudantes, muitos educadores já entenderam que integrá-los aos estudos é a melhor maneira de conquistar os alunos.

A gameficação da educação é uma tendência no mundo acadêmico, que tenta se adaptar à revolução tecnológica. Mas aqui não vamos tratar de games desenvolvidos visando à educação.

Vamos falar da lógica dos games normais que pode ser adaptada à vida estudantil. Afinal, eles ajudam a construir uma narrativa linear, incentivam a busca por um objetivo final e ensinam a respeitar as regras.

Quer saber como usar a gameficação na escola ao seu favor? Confira!

Aumente o interesse pelos desafios

Os jogos oferecem um sistema complexo de regras que os jogadores têm que testar para conseguirem ser bem sucedidos. Um exemplo clássico é o game Angry Birds: você só consegue avançar quando descobre a maneira de dominá-lo.

É preciso explorar o jogo para descobrir as fraquezas estruturais de cada torre e o poder de alcance dos estilingues. A gameficação na escola pode modificar a percepção que o aluno tem do processo de aprendizado.

Em vez de ser agente passivo, ele vai ter que tomar a frente. Muitas vezes, é a escola ou o professor que dizem o que os estudantes devem fazer sem estimular a reflexão.

Mas nos jogos, o jovem tem que se questionar “Se eu quiser vencer, o que preciso fazer?”. Seria interessante agir com a mesma lógica do jogo: as tarefas dadas aos alunos precisam ser claras, assim como os resultados. Assim, os professores podem adaptar qualquer atividade de classe à essa lógica.

Desenvolva a capacidade narrativa dos alunos

Uma das maiores dificuldades dos estudantes é conseguir contar uma história de maneira coerente por meio da escrita. Aqueles que têm dificuldade com redação, podem ser beneficiados com algumas técnicas de jogos.

Games inspirados em livros, em filmes e em séries de TV, como Game of Thrones ou Jogos Vorazes, fazem muito sucesso entre os adolescentes. Normalmente, o enredo é bem complexo, mas eles conseguem acompanhar porque, nesses casos, o final não é o mais importante, e sim entender todas as etapas do jogo.

Isso é de enorme utilidade na escola! Se eles forem estimulados a contarem essas histórias no papel, com certeza a motivação será bem maior do que escrever sobre o que fizeram nas férias.

Gameficação na escola: ajude os alunos a aprender com os erros

A gameficação oferece uma vantagem que é aprender a lidar com as emoções, as frustrações e, sobretudo, com as falhas. É como se treinasse para resistir diante do fracasso.

Isso é uma característica fundamental para o sucesso e uma parte necessária do processo de aprendizado. O aluno vai aprender a lidar com os próprios erros e isso dá margem para tentar corrigi-los em um espaço de tempo mais curto.

Existe ainda o controle emocional, pois o game ajuda a resistir diante do fracasso e a entender que ele faz parte do processo de aprendizado. O professor pode ajudar, criando um ambiente em que o esforço é recompensado e não somente o resultado.

Isso vai reduzir o sentimento de opressão e fazer o aluno encarar as falhas como oportunidades para crescer e não como uma característica de perdedores. É claro que os games não serão a única parte do processo de ensino, mas a tendência é que sejam uma ferramenta complementar.

Você trabalharia com a lógica dos games para ensinar os seus alunos? O que acha da tendência? Coloque a sua opinião nos comentários!

 

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