TI dentro dos muros da escola – Como tirar melhor proveito

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É inegável o quanto estamos dependentes da tecnologia nos dias de hoje. Seja na hora do trabalho ou de lazer, os aparatos eletrônicos estão sempre presentes que há quem não se imagine sem eles. Desde muito cedo incentivamos nossas crianças, quando não os bebês, a interagirem com computadores, televisões, smartphones, tablets e afins. Seja por utilizá-los como uma espécie de babá dos tempos modernos ou por realmente acreditarmos que assim estaremos incluindo-os em nas faladas gerações, X, Y ou Z e garantindo seu sucesso no futuro.

Uma vez que seguimos o fluxo, devemos tirar o melhor proveito possível desses suportes. Em muitos outros países já é comum o aluno de qualquer faixa etária fazer uso desses aparatos eletrônicos, seja como meio de aprendizado ou como uma ferramenta complementar à tecnologia analógica. No cenário nacional vimos em 2007 o lançamento do projeto-piloto governamental UCA – Um computador por aluno. Desde então o desafio de integrar a informática como mais um recurso para a aprendizagem estava lançado.

Na teoria parece ser mais fácil do que realmente é. Não basta conectar um laptop na tomada e a Internet. Se fosse assim, os alunos passariam o dia a navegar, brincar, desperdiçar o precioso tempo que deveria ser designado à aquisição de conhecimento. Os educadores devem enxergar este como um material suplementar para atrair a atenção dos alunos e incentivar a interação. Foi-se o tempo que a criança não tinha voz ativa e só decorava regras e fórmulas escritas num quadro negro com giz branco.

Apesar de tanta novidade, o professor continua sendo indispensável, pois este será o agente intermediador, responsável pelo plano de aula, pelo bom uso dos suportes, bem como o resultado obtido.  Aí está o outro desafio. Após termos todas as tecnologias disponíveis e crianças tão desenvoltas ao redor destas, temos que treinar e atualizar os adultos para que estes dominem, sejam dinâmicos e saibam responder as possíveis questões, uma vez que neste modelo de ensino não há um roteiro preestabelecido.

Com tantas plataformas, um novo mundo se abre. Os professores podem se apoiar na Internet para pesquisas em geral, podem utilizar câmeras fotográficas para trabalhos investigativos a partir do conteúdo virtual, programas de edição para fotos e vídeos, inclusive incentivar o aprendizado de línguas colocando crianças em contato com estrangeiros, uma vez que fronteiras geográficas não têm mais limite e mapas interativos estão disponíveis. Desenvolve-se a escrita, a fala e a interação com outras culturas. Ainda há a possibilidade de trazermos a redação para um diário virtual, usar redes sociais com finalidade educativa e mesmo os tão adorados jogos para raciocínio lógico e desenvolvimento motor de maneira lúdica.

Para que todo este universo tenha significado, não basta apenas criar o desejo nos alunos. Eles devem ser capazes de pesquisar, sintetizar as informações, desenvolver suas próprias e saber como colocá-las em prática, relacionando com o mundo no qual vivem. Se no decorrer do tempo for apenas um passatempo, estaremos desvirtuando do real propósito que é motivar, acompanhar a evolução e criar mentes pensantes conectadas com o mundo.