Síndrome de BURNOUT e Estresse em educadores – Como evitá-los?

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A dinâmica laboral muitas vezes traz consequências à saúde do docente. Dentre os problemas mais comuns está o estresse, oriundo do desafio diário que a profissão proporciona.  Indisciplina em sala de aula, carga horária pesada, pressão vinda de superiores e dos próprios pais, entre outros pontos intensificam as condições de estresse no exercício da profissão. Se este estresse não for controlado, pode acabar comprometendo a saúde do professor e, consequentemente, a qualidade do ensino. Pode resultar, inclusive, em Síndrome de Burnout. Você a conhece?

O que é a Síndrome de Burnout?

Essa síndrome (conjunto de sintomas) ocorre quando a situação de estresse se torna crônica e costumam acontecer em profissionais que lidam intensamente com dificuldades e problemas alheios, como ocorre com os docentes. As primeiras alterações notadas pelas pessoas próximas são o desânimo e a desmotivação com o trabalho. A progressão da doença pode culminar em doenças psicossomáticas. Sendo assim, o profissional acaba se afastando do trabalho temporariamente ou, em alguns casos, até se aposentando por invalidez.

Quais os principais sinais e sintomas da Burnout?

Em um primeiro estágio a pessoa perde a vontade de ir ao trabalho, fica desanimada, começa a ter dores na coluna, na cabeça e se queixa de não estar bem, mas não identifica o real motivo. No segundo estágio a interação com os colegas começa a ficar prejudicada. A pessoa passa a ter pensamentos ruins, a achar que está sendo perseguido ou boicotado. Angustiada, não consegue ir trabalhar e passa a ter que faltar ou se afastar por licença médica.

Em um terceiro estágio da síndrome, a pessoa passa a ter frequentes lapsos de memória, começa a cometer erros operacionais que antes não cometia, fica disperso, começa a consumir bebidas alcoólicas e se automedicar. Se não tratada, a pessoa entra na quarta fase e pode passar a usar drogas, se tornar alcoólatra, ter pensamentos de autodestruição e chegar a pensar em suicídio. O afastamento da função é inevitável.

Como sintomas, podem ser encontrados dores de cabeça; disfunções sexuais; fadiga; quadro depressivo; ansiedade; inflexibilidade; irritabilidade; dores generalizadas, entre outros. Há também mudança de comportamento como: explicações superficiais aos alunos; evitar os alunos e evitar fazer contato visual. É necessário, portanto, procurar um médico para que ele faça uma boa anamnese e possa diagnosticar, ou não, a síndrome e o estágio dela, para estabelecer o tratamento. Este, por sua vez, é através de medicação e acompanhamento psicológico.

A prevenção da Burnout

A prevenção, como sempre, é o melhor a ser feito. O ideal é programar as atividades de maneira que a pessoa consiga deixar algumas horas de folga. O excesso de tarefas e falta de descanso levam ao esgotamento e aumentam as chances de falhas.

Aproveitar mais os amigos e a família e usar os finais de semana para atividades prazerosas como um passeio o parque ou a visita a alguém querido ajuda a sair da rotina e deixar o dia a dia mais prazeroso. Além disso, atividade física é essencial para a liberação de hormônios importantes para o bem-estar, dentre eles a dopamina, um neurotransmissor precursor da sensação de bem-estar. O mesmo vale para a alimentação, que quando equilibrada, deixa a pessoa mais disposta e ajuda a enfrentar a rotina;

O estresse da profissão precisa de atenção e acompanhamento para não chegar a se transformar em uma síndrome. Você se preocupa com isso? Com são seus hábitos de vida? Conte para nós a sua experiência!

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