8 passos para planejar e montar sua grade de aulas

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Mudanças acontecem. Seja por um novo professor, seja por um novo currículo ou por turmas que são criadas e fechadas. Nesses casos, a grade de horários é que sai prejudicada porque sempre precisará ser revista. E essa tarefa merece toda a atenção e cuidado ao ser planejada, afinal, é ela que vai nortear a rotina dos alunos e professores no próximo semestre. Mas, a pergunta que surge nesses momentos de mudança em que o quadro de horários está em branco é: e agora, por onde começar? Não se desespere! Nós ajudaremos você a montar o melhor quadro possível. Saiba como.

Avalie os resultados

É importante analisar os resultados da aprendizagem. Para isso, leve em consideração os seguintes aspectos das aulas:

  • Produtividade:

    Observe o aproveitamento das turmas. Há muita diferença entre elas? Os alunos que têm notas mais baixas e reclamam de sono são os que têm aula no primeiro tempo de determinada disciplina? Os professores que dão aula logo após o recreio percebem a turma mais agitada e precisa interromper as atividades com frequência? Se sim, identifique os docentes mais habilidosos em gestão de sala de aula para que preencham, preferencialmente, esses horários. Providencie, também, formação nessa área para os demais professores, visando diminuir o problema no ano seguinte.

  • Duração:

    Avalie se as aulas duplas de determinadas disciplinas são benéficas ou não para as turmas. Afinal, elas podem ser uma solução para disciplinas que trabalham com projetos, mas quando a carga horária de uma disciplina é pequena, as aulas casadas poderão rarear o contato entre alunos e docentes.

  • Encadeamento: 

    Se para determinada série, existe um planejamento de projetos interdisciplinares é importante que essas matérias estejam na sequência uma da outra. Considere ainda o deslocamento. Disciplinas que usem de forma recorrente espaços distantes da sala de aula podem ser colocadas preferencialmente no primeiro ou no último horário, facilitando o fluxo nos corredores e evitando que ele atrapalhe as demais turmas.

Analise a atribuição das turmas

Os registros dos formadores também auxiliarão na escolha das turmas para as quais os professores lecionarão. Uma vez definido que o perfil do professor é mais adequado a determinada série, o ideal é que ele não seja mais alterado. Busque fazer as trocas que não comprometam as escolhas pedagógicas.

Avalie os espaços

É possível que algumas aulas dependam da disponibilidade de certos ambientes. Quando toda a escola compartilha, por exemplo, a sala de informática, o laboratório e a quadra esportiva, vale montar cronogramas específicos para o uso desses espaços – principalmente se eles são usados por mais de um professor. Aulas externas dependem dos fatores climáticos e isso também deve ser levado em conta.

Retome os anos anteriores

Levantadas as mudanças e redefinidos os critérios que melhor contribuem para a aprendizagem. Esse é o momento de elaborar a grade realmente. Para isso, é imprescindível consultar a do ano anterior e analisar o que pode ser mantido. Professores cuja carga horária continua a mesma e que receberam as mesmas turmas tendem a aceitar dar aula nos mesmos dias. Já os que trabalham em outras instituições podem precisar fazer alguns acertos por conta dos deslocamentos ou mudanças em seu horário.

Defina prioridades

Siga a seguinte ordem para designar as salas de aula.

1. Efetivos com carga horária total

Esses profissionais estarão em sala de aula para cumprir a jornada integral, exceto nos horários de formação e de planejamento. Sendo assim, como não há variáveis em negociação, é mais fácil formar a base da grade com esses professores.

2. Efetivos com carga reduzida

a) cujas aulas necessitam de espaço próprio: como é inviável  criar novos ambientes de uma hora para outra, essa é a limitação inflexível. Dê prioridade aos docentes que ministram aula nos laboratórios e na quadra. Qualquer mudança posterior pode ser mais trabalhosa.

b) que dão aula em mais de uma escola: nesse caso, a negociação é até possível, porém a disponibilidade de tempo desses profissionais é menor.

c) com outros tipos de restrição: problemas como cursos e compromissos pessoais devem ser considerados apenas se os critérios pedagógicos não ficarem comprometidos.

d) sem impedimentos: como esses estão sempre à disposição, deixe-os por último para ocupar as lacunas ou solucionar eventuais janelas de outros professores.

3. Temporários

Nem sempre eles são conhecidos com antecedência. Por isso, raramente se leva em conta o perfil deles na atribuição de turmas. Em muitas redes, as escolas simplesmente informam os horários em que os temporários deverão estar na escola, cabendo a eles se adequar.

Considere trocas e negociações

Mesmo seguindo a ordem sugerida no item anterior, o horário pode desagradar os professores. Nesse caso, vale voltar à lista da disponibilidade dos docentes e procurar fazer ajustes usando o bom senso.

Faça os ajustes finais

Mesmo com todo o planejamento, a grade poderá ficar sujeita a ajustes. Mudanças inesperadas na equipe podem acontecer pouco antes do começo do ano letivo e, após o início das aulas, é possível identificar falhas na rotina.

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