5 erros que as escolas e cursos devem parar de cometer

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Quando trabalhamos em prol de alguma coisa, nos esforçamos ao máximo para que o projeto vá para frente e funcione bem. Porém, por mais que nosso esforço esteja rendendo algo, não quer dizer necessariamente que os esforços sejam os mais corretos. E com a educação, não tem sido muito diferente disso. Há muitos progressos quanto ao ensino se compararmos com o passado, mas ainda existem alguns erros que são cometidos por escolas e cursos que devem ser evitados em prol de um ensino de qualidade. Listamos, abaixo, alguns desses erros.

1. Relutância com o ensino “mobile”

Os estudantes não trazem apenas seus livros, cadernos e estojos para as salas de aula. Eles trazem smartphones e tablets, mas muitas vezes são proibidos de usar os dispositivos no período que estão na escola. A grande relutância dos gestores escolares em ver os dispositivos móveis como grandes aliados do aprendizado tem retardado o progresso da educação.
Os estudantes querem mais dinamismo, interatividade e não mais aulas somente expositivas. O ambiente escolar deve promover não apenas o ensino de novos assuntos, mas também que esse novo conhecimento circule e que tanto professores como alunos debatam a respeito. E qual melhor forma de conseguir trazer isso que não a adaptação do ensino tradicional à uma versão mobile?

2. Olhar o passado ao invés de olhar para a frente

Alguns dizem que o passado é a chave para poder entender o futuro e isso é verdade. O que não se deve fazer é ficar no passado. As escolas e cursos funcionam como um grande experimento para os alunos, afinal é lá que eles começaram a criar noções de convivência em sociedade. Então por mais que muitas pessoas ainda tentem relutar em acreditar, o ambiente escolar é sim um grande preparo para a vida.
O ideal é que a escola prepare os estudantes para a vida pós-formatura. Esse deve ser o seu foco principal. É importante que a escola comece a se preocupar com o futuro e isso pode ser feito de diversas formas, que vão desde as aulas sobre economia ou convivência doméstica até mesmo promovendo debates e discussões a respeito de temas da atualidade, como por exemplo, alimentação saudável ou o drama dos refugiados. Essa prática também deve ser incentivada nos cursos, que devem buscar desenvolver o pensamento crítico e valores éticos e morais em seus alunos.

3. Deixar os professores falarem mais que os estudantes

O que o ensino tradicional prevê para uma aula? Alunos sentados e quietos, professores em pé expondo o conteúdo da matéria, num ambiente silencioso com apenas a voz do professor sendo ouvida. As dúvidas são tiradas ao final da aula. Esse método ainda tem se mostrado eficiente? Não. Este não é o melhor caminho para contribuir com a melhoria da educação.
O aluno precisa participar, interagir durante a aula. Esta é a melhor forma de o professor conseguir saber se o conteúdo passado está sendo assimilado pelos alunos. O professor deve estimular o debater, promover a discussão do assunto tratado em aula e fazer com que a troca de ideias seja rica. Desta forma, tanto professor quanto aluno saem da aula menos indiferentes e mais engajados do que quando entraram.

4. Esquecer que o aprendizado é algo que deve ser divertido

O aprendizado é uma tarefa que muitas vezes é considerada árdua, justamente pelo fato de que lidamos com mais de uma pessoa e que todas as pessoas são diferentes, consequentemente cada uma tem uma forma diferenciada de aprender, ou seja, uns têm mais facilidade para exatas, alguns para humanas e outros para biológicas. E se há uma coisa que não podemos negar é: independente de qualquer área do conhecimento, sempre haverá um momento em que o conteúdo abordado será algo considerado maçante.
Esse problema não só compromete a atenção dos alunos como também a motivação para estudar. Quando a escola tenta trazer algo mais dinâmico para conhecimentos importantes, porém mais complexos, o aprendizado consegue deixar de ser visto como uma obrigação e passa a ser visto como algo mais divertido e legal, tanto para os alunos como para os professores.
Não adianta apenas a escola oferecer um plano de aulas invejável, é necessário que a taxa de aprendizado também seja expressiva.

5. Pensar que todo estudante vai aprender todo conteúdo oferecido e que eles vão amar tudo isso

É como diz aquele ditado: “Não se pode agradar gregos e troianos”. Em uma escola, é oferecido um leque de matérias, abordando diversas formas de conteúdo. Como mencionamos no item anterior, há estudantes que tem facilidade em aprender exatas, alguns, humanas e outros biológicas. Ou seja: por mais que você se empenhe bastante no ensino exatas, é muito difícil que você garanta que um aluno cuja facilidade está na área de humanas consiga receber a mesma carga de aprendizado de um aluno com facilidade em exatas e ambos saiam da mesma forma.
Os alunos não são como sistemas operacionais que conseguem rodar diferentes programas e realizar várias tarefas ao mesmo tempo. É muito difícil você conseguir fazer com que um estudante consiga dominar com excelência todas as áreas do conhecimento, não é impossível, mas são apenas casos isolados. É como se quiséssemos avaliar um peixe no quesito “escalar árvores” e esperar que ele se saia bem. Uma grande falha no nosso ensino é fazer as pessoas acreditarem que são incapazes por irem mal naquilo em que as obrigamos a serem boas e ignorarmos o que elas realmente conseguem fazer e obter um bom desenvolvimento.
Quais outros erros você acredita que as escolas devem parar de cometer? Deixe sua opinião nos comentários!
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